A OMS, a Organização Mundial da Saúde estuda renomear a doença conhecida como varíola dos macacos ou monkeypox. A ação quer evitar preconceito contra as pessoas infectadas e até casos de maus tratos contra os animais.
De acordo com a norma da OMS, vírus recém-identificados, as variantes e as doenças relacionadas devem receber nomes que não ofendam qualquer grupo cultural, social, nacional, regional, profissional ou étnico para minimizar qualquer impacto negativo no comércio, viagens, turismo ou bem-estar animal. A doença foi descoberta em 1958 quando essa regra ainda não existia.
A nomeação das espécies de vírus é de responsabilidade do Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus. Mas especialistas mundiais convocados pela OMS concordaram com os novos nomes para as variantes do vírus que causa a varíola dos macacos.
As variantes do vírus, também chamadas de clados, vai passar a usar algarismos romanos. Até então, a referência eram os locais onde as variantes eram encontradas. Então, o vírus da Monkeypox encontrado na Bacia do Congo será conhecido como Clado I por exemplo.
No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, existem 2.131 casos confirmados da doença, a maioria deles no estado de São Paulo, com 1578 ocorrências. Ainda não há registro da varíola dos macacos em seis estados. E em outros cinco, apenas um caso foi confirmado.
Edição: Paula de Castro / Beatriz Arcoverde